segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Avaliação Tecnica do Polo

Avaliação retirada do site http://www.bestcarswebsite.com.br/

Herdeiro do Voyage, o Polo Classic fabricado na Argentina para atender ao gosto local por carros de três volumes, está em situação curiosa no Brasil: é o único sedã pequeno, entre as cinco maiores marcas, a não oferecer versão de motor 1,0. Mesmo com a tecnologia já desenvolvida da adaptação do 16V do Gol à posição transversal (ele equipa o Seat Ibiza, que recebe o propulsor brasileiro na Espanha), a Volkswagen insiste em oferecê-lo apenas com o veterano AP-1800, ficando sem opção no disputado segmento de 1,0 litro.

À parte essa lacuna, o carro apresenta um bom conjunto e algumas novidades na linha 2001, que tentam mantê-lo atual diante de lançamentos como Clio Sedan e o novo Siena. Por fora, as novidades se limitam a faróis de superfície complexa, lanternas traseiras retocadas (agora com ambas as luzes de ré, como gostam os brasileiros) e novo formato da tampa do porta-malas, com uma borda mais evidente. Esperava-se que a frente seguisse o modelo do Polo hatchback europeu, mas a VW alterou apenas os faróis, deixando o Polo um pouco retilíneo demais para os dias de hoje. Novidades da linha 2001 são sutis: faróis de superfície complexa, novo perfil da tampa do porta-malas e lanternas retocadas, agora com duas luzes de ré.

De resto foram mantidas as formas conhecidas desde 1995, quando foi lançado na Europa (aqui, um ano depois): a traseira bastante alta, com prejuízo à visibilidade e ganho de espaço para bagagem, a concavidade na parte inferior das laterais, as arestas curvas e retas das janelas, um conflito que se manifesta em outros VW. Rodas de alumínio de 14 pol com pneus 185/60, faróis de neblina e a antena no teto simbolizam certa esportividade que o carro na verdade não apresenta. O interior, em contrapartida, recebeu maiores atenções, e aí está outro ponto discutível. O arrojo do novo painel chega a chocar diante do perfil pacato do carro, parecendo ter sido emprestado de um cupê esportivo. Os instrumentos ficam em dois módulos separados, com uma moldura plástica repleta de falsos rebites, que procura se assemelhar a alumínio. A inspiração foi nos difusores de ar e outros componentes do Audi TT. Se as formas até podem ter adeptos, a função saiu perdendo. Desenho da frente é tradicional e já um tanto envelhecido, mas o interior oferece conforto: bancos firmes, revestimento claro e um teto solar de ótima operação. Os instrumentos colocados dentro do conta-giros (relógio digital e marcadores de combustível e temperatura) são pequenos e exigem concentração para a leitura, assim como a grafia do velocímetro. Neste, as marcas de 10 em 10 km/h ficam tão juntas que é preciso acostumar-se à posição do ponteiro para ler a indicação mais rapidamente, um risco no trânsito denso. A iluminação azulada com ponteiros em vermelho, padrão VW hoje, só piora as coisas porque não traz o devido contraste com o fundo preto, se fosse funcional seria adotada pela Audi, que utiliza apenas a cor vermelha.

Mas há também boas novidades: alças de teto (até para o motorista, um exagero) e tampa do porta-luvas com movimento suave, como no Golf e Passat; maçanetas cromadas, para fácil localização à noite, e de metal (cuidado ao deixar o carro sob sol); e locais para copos, cartões e pequenos objetos integrados ao painel. O volante de três raios tem ar esportivo e boa pega, além do ajuste de altura que falta à linha Gol. O rádio/toca-CD fica em posição alta, para fácil visualização, mas seu mostrador é sempre difícil de ler.

Comentário técnico

- Derivado de um carro de sucesso da Volkswagen alemã, o Polo hatch, este sedã traz uma diferença importante em relação à linha Gol: o motor vem em posição transversal, mais eficaz no aproveitamento de espaço e na transmissão de potência. A VW, contudo, alegava -- ao lançar o Gol de segunda geração, em 1994 -- que o motor longitudinal é mais seguro nas colisões deslocadas, que vêm recebendo mais atenção das autoridades no mundo todo. Pode ser verdade, mas não se tem notícia de outro carro pequeno de concepção atual, no mundo, a persistir nessa posição.

- O Polo é caso raro de versão três-volumes com distância entre eixos diferente do hatchback de que deriva: 2,445 m contra 2,405 m. Como a plataforma do Classic foi a base para o desenvolvimento dos "primos" Seat Ibiza e Cordoba, o hatch espanhol ficou com maior distância que o alemão.

- O motor 1,8 de oito válvulas não equipa mais o Polo Classic na Europa: lá a oferta inclui versões 1,4 de 60 e 75 cv, o moderno 1,6 (que vinha no Golf) de 101 cv e três motores a diesel de 1,9 litro, com potência de 68, 90 e 110 cv. Já o modelo hatch oferece outras opções, do pequeno 1,0 de 50 cv a um saudável 1,6 de 16 válvulas e 125 cv, que o leva de 0 a 100 km/h em 8,7 s. Esta versão vem com diferencial autobloqueante, freios a disco também na traseira e rodas de 15 pol com pneus 195/45. Se tivéssemos aqui o Polo hatch em vez do Gol, seria o sucessor natural do saudoso Gol GTI.

MOTOR
- transversal, 4 cilindros em linha;
- bloco de ferro fundido, cabeçote de alumínio;
- comando no cabeçote, 2 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 81 x 86,4 mm.
- cilindrada: 1.781 cm3. Taxa de compressão: 10:1. Potência máxima: 97 cv a 5.250 rpm.
- torque máximo: 15,5 m.kgf a 3.000 rpm. Injeção multiponto seqüencial.

CÂMBIO
- manual, 5 marchas;
- tração dianteira. Relações: 1) 3,79; 2) 2,12; 3) 1,46; 4) 1,03; 5) 0,84; diferencial, 3,94. Regime a 120 km/h em 5a.: 3.730 rpm. Regime na velocidade máxima em 5a.: 5.600 rpm.

FREIOS
- dianteiros a disco;
- traseiros a tambor;
- antitravamento (opcional).

DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira;
- assistência hidráulica;
- diâmetro de giro, 11,1 m.

SUSPENSÃO
- dianteira, independente, McPherson, com estabilizador; traseira, eixo de torção.

RODAS
- 6 x 14 pol.; pneus, 185/60 R 14 H.

DIMENSÕES
- comprimento, 4,137 m; largura, 1,64 m; altura, 1,442 m; entreeixos, 2,443 m; bitola dianteira, 1,429 m; bitola traseira, 1,394 m;
- capacidade do tanque, 45 l;
- porta-malas, 455 l;
- peso, 1.080 kg.

Dados do carro avaliado
- Ano-modelo, 2001;
- pneus, Pirelli P6000;
- quilometragem inicial, 4.450 km.

6 comentários:

renaldo disse...

kra pra mim este é o melhor carro da categoria, e acho que por ser bom d+ é que foi tirado de linha, para dar lugar a estas "carroças brasileiras" e pode ter sertesa o meu proximo carro vai ser um polo classic. e sabendo de todos os pequeno problemas que ele da poderei previnir antes de acontecer.

renaldo disse...

so preciso que alguem me ajude com relação a ele apagar quando passo em possa d'agua. meu endereço é
renaldo-marsal@hotmail.com

KATYA KRYSTAL disse...

Concordo com Renaldo,eu tenho um polo classic 1.8 ano 99 e meu proximo carro vai ser um polo da mesma caregoria porem uns anos mais novo.

Unknown disse...

Em relação a ele apagar quando passa nas poças d'água, o meu possuía o mesmo problema, e a solução foi u tanto quanto estranha, o seu problema era apenas um fio solto, o fio do motor de arranque, q não estava bem preso (e isso levou tempo e foi descoberto por acaso), após apertar este fio nunca mais tive problemas com água

Clézio disse...

Tbm sou apaixonado pelo carro. Já tive palio, Gol quadrado e bola 1.6 mas o polo é sem comparação1

Unknown disse...

eu tenho um polo classic 00/01 acabei de colocar 54,5 litros de gasolina nao entendi pois fala que ele é so 45 litros, alguem sabe se cabe a mais que esse previsto ai?